Wednesday, April 24, 2013

ESCREVER

Estou retido em casa. Além do pé doente, tenho o olho esquerdo a arder e, por isso, não consigo ler. Resta-me a escrita. Escrevi os primeiros poemas aos 14/15 anos. Ganhei um prémio no Liceu Sá de Miranda em Braga. Depois comecei a escrever as letras em inglês do Peter Owne para a banda imaginária The Vikings. Aos 18 anos escrevi os primeiros bons poemas: "Mulher Ausente", "Arké", "Túmulo", "Anjo em Chamas". Mais tarde escrevi "Ausência", "Representação", "O Absurdo Vivo". Foi uma grande mudança em termos qualitativos. Ainda há quem diga que "Á Mesa do Homem Só" é o meu melhor livro. Escrevia coisas boas mas também escrevia coisas más. Não escrevia, nem de perto nem de longe, ao ritmo que escrevo agora. Agora, para mim, escrever é viver, é respirar, como dizia Anais Nin.

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