Tuesday, March 19, 2013

A DESTRUIÇÃO DA VIDA

Que vida ordenada, segura, confortável leva esta gente. Não fossem as crianças pareceriam todos programados, autómatos, cumprindo as horas, cumprindo as tarefas. Não questionam a vida, não questionam o transe. Comem, bebem, trabalham, consomem, procriam. O próprio lazer é condicionado pelas leis castradoras da economia. Esta gente ainda ri mas é um riso passageiro que a máquina abafa. É sempre o "até amanhã!", o amanhã sempre igual, a correr para casa, para a TV, para a imbecilização, para o tédio. O capitalismo, além de atirar para a fome e para a pobreza, destrói a vida. Deu cabo do homem primitivo, do xamã que celebrava com os deuses e com os mitos. Está a dar cabo da alegria autêntica, da criança despreocupada que brinca, do prazer da criação, do conhecimento, da descoberta. Está a dar cabo da poesia, da comunhão, do amor, da mesa livre e partilhada.



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