Sunday, July 15, 2012

O QUE FAZEMOS AQUI?

"Nada pode dispensar a vida de ser absolutamente apaixonante", diziam os membros da Internacional Letrista. Mas "eles" não querem deixar que a vida seja absolutamente apaixonante. O domínio da economia e do capitalismo destroem a vida. Vida que é, muitas vezes, entediante, castradora, vazia. Mas só uma pequena parte de nós se interroga sobre a questão. Só uma pequena part...e de nós se apercebe que somos reduzidos à condição de espectadores, que as celebridades e os actores da televisão vivem por nós a vida. Além de nos condenarem a trabalhar para ganhar a vida, roubando-nos o tempo e sujeitando-nos o tempo e sujeitando-nos a regras que nos vão destruindo a vontade de viver, atiram-nos para a miséria ou para o desemprego, roubando-nos quase todo o poder que temos sobre a nossa vida, ou então fazendo-nos mergulhar na depressão ou no desejo de suicídio, roubando-nos o que nos resta. Não, não podemos aceitar que o capitalismo dos mercados e a máquina de propaganda controlem completamente as nossas vidas. Somos seres autónomos, pensamos, somos capazes de criar arte e ideias, vimos da filosofia, da Grécia antiga, vimos dos grandes poetas, dos grandes artistas. Temos o direito de viver uma vida absolutamente apaixonante. Não esta sub-vida, esta sobrevivência onde são sempre os mesmos comentadores a falar nos media, onde as opiniões realmente divergentes são silenciadas. Não, o homem não pode continuar a viver de migalhas, o homem não pode continuar a viver dominado pela economia, o homem é muito mais do que isto, o homem inventou os deuses e o deus único, o homem é capaz do amor e da bondade, o homem é alma, espírito. Não podemos viver mais acorrentados, nós nascemos livres. Nós somos capazes de grandes feitos. Como aceitar estarmos reduzidos a isto, a autómatos, a escravos do dinheiro? Não viemos para isto, porra! O que é que estamos a fazer na Terra? Quem somos? Porque nos deixamos levar? Porque não questionamos o transe?

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