Sunday, October 16, 2011

FAROL


Regresso ao "Farol". O café da Sónia e a Sónia foram à vida. Emprestei-lhe livros, oferecia-lhe poemas, falava com ela. É pena. O "Farol", por sua vez, foi outro dos meus cafés dos 17/18/19 anos. Fica a marca. Estas memórias entravam bem no "Café Paraíso" mas agora já não dá. Estou condenado a olhar para as vedetas televisivas. Sorrisinhos. Ride-vos, ride-vos que os bancos estão a rebentar. Ride-vos, ride-vos, que o capitalismo vai acabar. Curiosamente agora falam de um filme sobre o "Uivo" de Allen Ginsberg. O caos está mesmo aqui. AH!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! Não há escapatória. O poeta não encontra ninguém para falar mas também não faz diferença: assim produz mais. Está fresco. Pede mais um café. Sem café o poeta não produz. Talvez comece a escrever sobre a composição e as características do café. Não há dúvida que aqui no "farol" é saboroso.

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