Friday, July 10, 2009

EXERCÍCIO SURREALISTA




Ao António Manuel Ribeiro


A Carlinha maradinha a curtir bues apanha boleia para o país basco sempre maluquinha gosto tanto dela fico na casa dela de Amarante também eu sou marado mas essa estória das viagens não me bate tanto às vezes bastam-me as viagens de casa à confeitaria faço viagens mentais vou a Deus e ao diabo e a todo o lado fui publicado fui um dos 101 eleitos publicados na Portuguesia do Wilmar Silva merda para Deus e a Gotucha Xoninhas lá na Madeira tem de lá ficar mais quatro anos hoje estava mais bem dispostinha gosto tanto daquela menina há outras que gostam de mostrar as mamas ficam ali expostas à mão de chupar foda-se andei dois dias deprimido mas hoje com o vinho a coisa voltou a compôr-se e até me sinto em cima um poeta da lusofonia um poeta da portuguesia até me convidaram para ficar no hotel para amanhã feito vedeta mas estava sem dinheiro para as despesas enfim perdi a oportunidade de conviver com algumas pessoas ricas e interessantes o que interessa é um gajo estar em cima não tenho de andar sempre a despejar poemas hei-de dizê-los em vários sítios se continuar vivo e inteiro vivo e inteiro e não como os partidos andar a mendigar o voto a perseguir os eleitores vou votar mas até devia cagar nesses gajos tenho uma relação erótico-pornográfica com o primeiro-ministro só isso me faz voltar contra ele que esteja lá a Nelinha seis meses e que depois vá para a rua é o que eu desejo que vão caindo todos até o sistema e S. Bento e Belém rebentem isto tem de começar tudo de novo do zero como os UHF aquela maria no youtube tanto tempo quem és hoje Maria quem és hoje por onde vais qual é a ideia tenho estado a falar com henry miller por estes dias aprendo e identifico-me e agora estou a falar com a teresa a ideia é fazer um texto sem nexo escrever para aqui umas coisas só para encher mais um exercício de escrita automática a coisa flui há muito tempo que não ouvia estas canções dos uhf fim de vida fim de linha talvez hoje seja o novo recomeço o coração oferece poemas às meninas de que gosta mas elas não vão na cantiga rola, persona non grata estamos na roleta no casino somos cotações na bolsa rolamos like a rolling stone quero uma namorada! Uma namorada aqui e agora uma namorada que entenda a minha loucura santa loucura uma namorada sem compromissos nem chouriços isto está a empancar completamente infiel eu estou a recordar-me em Braga há 20 anos na casa que eu tinha lá estava a descobrir as coisas a apalpar o terreno agora sei mais umas coisas sinto-me mais senhor mas não estou numa posição melhor as minhas coisas têm mais saída claro mas continuo teso a estrela está tesa a estrela ou o gajo qualquer que escreve estas merdas talvez a gaja queira dar umas quecas e o poema era uma coisa para chocar e não para levar à letra ´não sei há qualquer coisa que me irrita nela não sei explicar quero estoirar são 5:13 e estou a escrever uma coisa sem limites como o E. M. Melo e Castro sugeriu rolos e rolos de papel higiénico totalmente preenchidos por poemas encontros de poetas para que serve a poesia a poesia tem utilidade? são questões que se repetem mas lá se vai dizendo que a poesia é útil nesta sociedade das bolsas e dos mercados que a poesia é o último reduto de resistência até eu disse que a poesia vai da merda a Deus abarca tudo e eu continuo aqui em frente ao computador a carregar nas teclas esta merda sai mesmo assim não é papel e caneta e viva a carlinha e viva a gotucha e viva a poesia e Deus e a merda e o Bloco de Esquerda e o broche de direita e assim terminamos por hoje.

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