Monday, July 30, 2007

O AMOR LOUCO

AMOR LOUCO ________________________________________
O Amor Louco não quer se alistar no exército
de ninguém, não toma partido na Guerra dos Sexos,
entedia-se com os argumentos a favor de iguais
oportunidade de trabalho (na verdade, recusa-se a
trabalhar para ganhar a vida), não reclama, não
explica, nunca vota & nunca paga impostos.
O Amor Louco gostaria de ver todo bastardo ('filho natural')
chegar ao fim de sua gestação e nascer - o AL vive de
aparelhos antientrópicos - o AL adora ser molestado por
crianças - o AL é melhor que preces, melhor que
sensimilla (3) - o AL leva para onde for suas próprias
palmeiras & sua própria lua. O AL admira o tropicalismo,
O amor louco não é uma social-democracia, não é um
parlamentarismo a dois. As atas de suas reuniões
secretas lidam com significados amplos, mas precisos
demais para a prosa. Nem isso, nem aquilo - seu Livro
de Emblemas treme em suas mãos.
Naturalmente ele caga para os professores & para a
polícia, mas também despreza os liberais & os ideólogos
- não é um quarto limpo & bem iluminado. Um topógrafo
embusteiro projetou seus corredores & seus parques
abandonados, criou sua decoração de emboscada feita
de tons pretos lustrosos & vermelhos maníacos
membranosos... O anarquismo ontológico nunca retornou
de sua última viagem de pesca. Conquanto ninguém nos
denuncie para o FBI (CIA), o CAOS não se importa nem
tão pouco com o futuro da civilização. O amor louco
procria apenas por acidente - seu objetivo principal é
engolir a Galáxia. Uma conspiração de transmutação...
O amor louco é saturado de sua própria estética, enche-se
até as bordas com a trajetória de seus próprios gestos,
vive pelo relógio dos anjos, não é um destino adequado
para comissários ou lojistas. Seu ego evapora-se com a
mutalidade do desejo, seu espírito comunal murcha em
contato com o egoísmo da obsessão. O amor louco pede
sexualidade incomum, da mesma forma que a feitiçaria
exige uma consciência incomum. O mundo anglo-saxão
pós-protestante canaliza toda sua sensualidade
reprimida para a publicidade & divide-se entre
multidões conflituantes: caretas histéricos versus
clones promíscuos & ex-ex-solteiros.

a sabotagem, a break dance, Layla & Majnun (4), o cheiro
de pólvora e de esperma. O AL é sempre ilegal, não importa
se disfarçado de casamento ou de um grupo de escoteiros -
sempre embriagado do vinho de sua próprias secreções ou
do fumo de suas virtudes polimorfas. Não é a deterioração
dos sentidos, mas sim sua apoteose - não é resultado da
da liberdade, mas seu pré-requisito. Lux et voluptas.

Tuesday, July 10, 2007

ESPERO POR QUEM VEM

Espero por quem vem
desta vez vem
tenho a certeza
espero por quem vem
desta vez
tenho a cerveja
espero por quem vem
sou o anjo maldito
o rocker sem cheta
o gajo das alucinações
já chateia a treta
da vedeta incompreendida.

Sunday, July 08, 2007

A POLÍCIA É UMA DELÍCIA

Brasileira acusa PSP de agressão violenta no Porto

Tivera uma zanga amorosa, apetecia-lhe sair. Bebeu umas cervejas na Foz, talvez cinco. Quis tomar um copo na Baixa, mas a "movida" portuense é quase uma inexistência ao domingo à noite. "Estava tudo fechado." Ana (nome fictício) pôs-se a dar chutos na Rua do Almada. Primeiro num carro, depois num edifício. André agarrou-a, para a controlar. De repente, aproximam-se dois agentes da PSP. "Só me lembro de ser puxada pelos cabelos."

Saturday, July 07, 2007

princess om


fantasy trip

A luta por uma crença construtiva que parte da intelligentsia divinizada de quem procura o amor a dimensão alternativa da percepção. Abstraccionar.Surrealizar a mente. Denunciar a autoridade, a prepotência, a mentira, o horror, crescer como um elo interdependente com o outro. em ligação cósmica quando a verdade floresce no planeta com arte, a transferência da realidade para a arte, faz progredir o imaginarium colectivo.
Mensagem de paz de Carla Vera
Peace Warrior

dedicated to Tó Pereira
Art in Sabar

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Tuesday, July 03, 2007

JORNAL DIGITAL

Braga - O politicamente incorrecto poeta portuense António Pedro Ribeiro veio a Braga, quinta-feira, apresentar a sua «Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro e Outras Pérolas - Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário», obra surrealista e directa que não poupa nas palavras fortes para fazer uso da liberdade de expressão.«Ele tem um modo de estar arrogante, intolerante e mecânico, um modo de falar robótico, tecnológico», diz Pedro Ribeiro sobre José Sócrates, actual chefe do Governo português, a quem dedica o poema que dá nome ao seu mais recente livro. Mas além do primeiro-ministro, que o autor, rebelde assumido, pretende ver «num filme porno», há outros visados. «Este livro não é apenas uma dedicatória a José Sócrates, é um livro assumidamente anarquista, guevarista. Todos os poderes estão em causa, não é só o primeiro-ministro», explicou o próprio ao Jornal Digital aquando do lançamento na Livraria Centésima Página, em Braga, cidade onde viveu muitos anos.«Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro», título cuja escolha «não foi inocente», reconhece o autor, é também um manifesto contra o que se passa actualmente nos partidos políticos em Portugal. Os três primeiros textos são dedicados à Póvoa de Varzim, Porto e Vila do Conde «e respectivos presidentes de Câmara», refere o poeta. Com a primeira autarquia diz ter «uma especial relação de amor. Mais até do que com Sócrates». E nem a Igreja nem os jornalistas escapam à visceral «paixão» de Pedro Ribeiro.A obra, editada no início do ano pela objecto cardíaco, do escritor valter hugo mãe, que esteve presente na apresentação, é «muito influenciada» por leituras que o autor fez no Verão passado. Admirador dos situacionistas e dos surrealistas, o poeta utiliza algumas técnicas que estes usaram, nomeadamente a colagem. Em muitos dos seus textos mistura, por exemplo, excertos de notícias de jornais com frases suas ou de outros autores.Fundador da revista «aguasfurtadas», A. Pedro Ribeiro, que nasceu no Porto no famoso ano de 1968, publicou já outros livros e manifestos. «Eu também escrevo poemas de amor melancólicos», lembra o escritor que é também autor do blog «trip na arcada» e membro da banda Mana Calorica. Alguém que acredita «que a criatividade é o último reduto da rebelião».
Madalena Sampaio