Monday, March 05, 2007

O FALA-BARATO



Mulher que vens e não vens

e me inquietas

mulher que vens e não vens

e me desesperas


mulher que te exibes

em cima do palhaço

que chupas a cerveja

e me mandas pró caralho


mulher que vens e não vens

deixas-me atado

matas a estrela

fico marado


mulheres de mim

sois o meu fado

feres o poeta

deixas-me de lado


trago-te prendas

ainda te aguardo

mulher que demoras

e me deixas atado


estou fora de ti

sinto-me abandonado

mulher que não vens

estou desesperado


a espera mata-me

fico em cacos

morre o cantor

o fala-barato.


Porto, Piolho, 13.2.2007

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